domingo, 15 de julho de 2012

André de Meijer : Cartas do Cotidiano


Figueira

Carta X. Tristeza e uma surpresa

A) Franqueza
Em 9 de julho me encontrava em Antonina e o tempo estava lindo. Com a intenção de iniciar uma longa caminhada entrei na Rua Lauro do Brasil Loyola, que não visitava há mais de um mês. Queria rever uma das minhas árvores favoritas de Antonina: a magnífica figueira centenária nativa no fim daquela rua, em frente ao n°178. O que encontrei, no entanto, foi uma imagem de pesadelo: a árvore tinha sido cortada!
O que senti, inicialmente, foi espanto, seguido por tristeza. Depois: revolta!
Fui perguntar a vários vizinhos o que tinha acontecido. Relataram-me o seguinte: o proprietário do terreno quer construir uma casa no local e a figueira estava atrapalhando. Para derrubar a gigante, cavoucaram ao seu redor e, na noite de 28 de maio (um sábado), chegou um grande trator que a empurrou, derrubando-a. A árvore tombada foi então serrada e hoje a área se encontra terraplenada e pronta para iniciar a construção. Da gigante resta apenas o enorme toco basal.
ara obter uma ideia da sua idade examinei o toco, que tem diâmetro irregular, pois, como todas as figueiras, consiste de um conjunto de caules concrescidos e de idades várias. A parte mais idosa, no centro, tinha um diâmetro de 110 cm (excluindo a casca), com os anéis de crescimento numa regularidade constante: 12 anéis por centímetro (mostrando que é uma árvore de crescimento bem lento). Se cada anel representar um ano de crescimento, a árvore pode ter tido uma idade de aproximadamente 130 anos!(a) Um morador vizinho com idade de setenta anos confirmou que na sua infância a árvore já era gigantesca.
Contaram-me que o proprietário reside em outra cidade, mas que a sua mãe tem uma imobiliária no centro de Antonina. Fui logo procurá-la e ela confirmou que o seu filho quer construir naquele local, acrescentando que ele obteve licença para cortar a árvore.
Então telefonei para a SMMA (Secretaria Municipal do Meio Ambiente) de Antonina, situada no bairro Batel num local bem distante do centro. Expliquei à pessoa que me atendeu onde a árvore se encontrava e recebi como resposta que a licença para a corte de árvores é emitida pelo escritório do IAP (Instituto Ambiental do Paraná) em Morretes. Quando lhe pedi para pelo menos ir ver o estrago, me respondeu: “- Não preciso ver, não sou ambientalista.”(b)
Liguei imediatamente para o IAP em Morretes, onde me contaram que várias pessoas haviam os notificado sobre a tragédia, inclusive já no próprio dia da ocorrência. Foi muito bom ouvir isso, pois significa que em Antonina vivem pessoas que realmente se preocupam com as árvores urbanas! A pessoa que me atendeu acrescentou que, infelizmente, o IAP não tem direito de atuar dentro do perímetro urbano, onde, de fato, a árvore se encontra.
Os moradores vizinhos da árvore tinham me relatado que viram uma viatura do IAP visitar o local dois dias após a derrubada da árvore. Assim, confio plenamente na boa vontade desse órgão.
Eu gostaria também de acreditar na palavra das outras duas pessoas entrevistadas mas, para isso, restariam apenas duas possibilidades: o corte foi feito ilegalmente ou devidamente autorizado, sem que o funcionário da SMMA estivesse a par do acontecimento.
Se a primeira opção for correta, espero que seja tomada alguma atitude em relação ao infrator; se, ao contrário, a SMMA autorizou a corte, eu não saberia mais em quem confiar!(c)
Na prática, não podemos fazer nada para ter de volta esta magnífica árvore. Mas que pelo menos fique o alerta para que os moradores do litoral fiquem mais atentos e ao menos tentem impedir que desastres deste tipo voltem a acontecer!

B) Surpresa na manhã depois
Na manhã seguinte, quando dei a primeira espiada para fora da casa, descobri que não tinha sido o único que passou uma noite sem dormir. Inicialmente acreditei que estava tendo alucinações: o que vi foi simplesmente inacreditável. Na piscina estava um teiú adulto, com as pernas dianteiras em posição de oração, agarradas sobre a borda superior da piscina e a cabeça dirigida aos céus. O resto do seu corpo estava flutuando. O teiú (Tupinambus merianae) é um lagarto grande, que costuma ser muito arisco. Mas esse indivíduo não saiu do êxtase, nem mesmo quando tinha chegado bem ao seu lado. Com uma pequena tábua levantei o animal e o coloquei em cima do pavimento ao lado da piscina. Com um olho semiaberto me encarou. Aproveitei a sua letargia para medir o comprimento total (foi 88 cm), mas quando tentei vira-lo de costas para poder medir o comprimento da cauda também (é feita a partir da cloaca), o animal reagiu, curvando-se rapidamente na minha direção querendo investir contra mim. Resolvi, então, deixá-lo em paz. A partir daí não mais se mexeu: pelas próximas horas permaneceu naquela mesma posição curvada.
Entendi o que tinha acontecido: o tempo ensolarado do dia anterior fez o meu vizinho sair da sua toca, aproveitando a minha ausência. Imagino que estava sentindo fome, pois este ano ele se recolheu muito cedo, já na primeira metade de março, muito antes de o período frio ter começado.
Mas não sei o que tinha feito o animal resolver entrar na piscina. A grande diferença entre a água da piscina (em 10 de julho variou entre 16 ˚C de manhã e 18 ˚C à tarde) e a temperatura do pavimento em volta da piscina (em 10 de julho chegou ao máximo de 32 ˚C, às duas horas da tarde) pode tê-lo pegado de surpresa. Imagino que, ao entrar na água, o rápido esfriamento do corpo lhe tirou o fôlego, a ponto de não mais conseguir sair, transpondo a pequena distância vertical (5 cm) entre a superfície da água e a margem superior da piscina. Quando naquela noite cheguei em casa (voltando de Antonina), por volta das 20:00 h, já estava escuro e não pude ver o animal na piscina. Assim, ele acabou passando toda a noite dentro da água.
Depois de tê-lo resgatado fiquei curioso em ver quanto tempo ele precisaria para voltar à ativa. Coloquei um termômetro a uma distância de dez centímetros dele e, de tempos em tempos, fui registrando a temperatura: (veja o resultado na Tabela 1). Aos poucos, o dia foi se tornando ensolarado (igual ao dia anterior), mas o animal estava num ponto sombreado pelas árvores. Assim somente a partir do meio dia ele ficou diretamente exposto ao sol e daí reanimou-se rapidamente. Quando, às 13:00 h, saí do meu escritório para novamente anotar a temperatura, ele já havia abandonado o lugar e agora passava a tomar sol na grama. Quando ele me percebeu, partiu como um raio.
É interessante que esta semana entrou na piscina também um ratinho.(d) Este, porém, não pôde se salvar: afogou-se e o encontrei boiando na superfície em 13 de julho.

Tabela 1. Trajetória da temperatura ambiente no pavimento ao lado da piscina, e da nublosidade do céu, em 10 de julho de 2012, desde o momento do resgate do teiú até o momento em que saiu da sua letargia.

Horário
9:30h
10:30h
10:45h
10:55h
11:05h
11:30h
11:45h
12:55h
Temperatura no pavimento ao lado da piscina (˚C)
15,5
15,5
16
18
20
19
18
21
Nublosidade do céu (%)
95
50

20
20
15
15
15

Esta foi a minha segunda observação de um teiú no inverno, desde que resido no litoral (2003)! A primeira foi em 25 de junho de 2008, na escada de concreto que leva ao Mirante no km 55,5 da Rodovia PR-405. Essas observações mostram que o teiú pode sair da sua toca nos dias bem ensolarados do inverno. Mas tal saída deve ocorrer raramente, pois na maioria dos anos o meu registro mais tardio (antes da estação fria) da espécie tem sido feita em abril e a minha observação mais precoce dela (após da estação fria) tem sido 2 de setembro (2010). De qualquer modo, os répteis e anfíbios grandes que, em pleno inverno, se aventuram fora do seu esconderijo podem se dar muito mal, pelo menos aqui no topo do morro. Neste sentido me recordo de outro incidente: na noite morna de 10 para 11 de julho de 2007, numa, um marceneiro (Hypsiboas faber) ressurgiu e se instalou em cima de uma viga da minha varanda, o mesmo local onde ele passa os dias na estação quente. Infelizmente, naquele mesmo dia o frio voltou e não mais partiu. O resultado foi que este marceneiro permaneceu “congelado” no mesmo lugar por três semanas seguidas: umas raras vezes, sempre à noite, mudou ligeiramente de lugar dentro de um espaço horizontal de 2 m na viga. Na noite de 1 para 2 de agosto o animal finalmente foi embora. Talvez tivesse voltado para o seu esconderijo do inverno, mas também pode ter sido pego por um predador.
Voltando ao teiú, esta foi a segunda vez que flagrei um exemplar dentro da minha piscina. A primeira vez foi num dia quente e ensolarado do fim da primavera: 16 de dezembro de 2006. Naquela ocasião supôs que ele tinha entrado na água para se refrescar. Mas, neste segundo caso, o motivo deve ter sido outro, pois o dia de 9 deste mês não foi tão quente assim. Não acredito que entrou na água para pescar, pois os únicos animais dentro da piscina com tamanho que possam interessar a um teiú são os girinos do marceneiro (que na piscina alcançam comprimento máximo de 80 mm), mas estes não se mostram durante o dia, quando permanecem escondidos no fundo entre as algas (somente à noite eles se aproximem da superfície). Alguém tem uma ideia por que outra razão o teiú pode ter entrado na minha piscina?

C) Beleza no início do inverno
Vou aproveitar para relatar alguns outros acontecimentos naturais dos arredores da minha casa neste primeiro mês do inverno.
Na primeira semana de julho se iniciou a florada do magnífico exemplar da árvore-guarda-chuva (Schefflera actinophylla; espécie originária da Austrália) na esquina do meu quintal. Imediatamente começou a atrair beija-flores e uma grande quantidade de meliponídeos (abelhinhas nativas sem ferrão).
Outra parte do meu quintal está coberta pela framboesa-silvestre (Rubus rosifolius), que atualmente está com flores (atraentes a alguns beija-flores) e também com frutos maduros, que atraem principalmente o tié-sangue.
Ao redor da minha casa, durante o dia, o gritador (Sirystes sibilator) está entre as aves mais ouvidas no momento. Mas também se escuta o gavião-carijó (cantando enquanto circula no céu), pomba-amargosa, tuim, periquito-rico, surucuá-grande-de-barriga-amarela, tucano-de-bico-preto, pica-pau-rei (tamborilando em árvores distantes), pica-pau-branco, choca-da-mata, trovoada, teque-teque, filipe, gralha-azul, corruíra, trinca-ferro-verdadeiro, guaxe e várias outras espécies.
A guaracava-cinzenta (Myiopagis caniceps) é um passarinho insetívoro que todos os anos aparece no meu quintal nesta época. Até agora só vi fêmeas desta espécie; nunca apareceu aqui um macho. Este ano consegui ver bem a cor viva do seu píleo, que é um dos caracteres que os distinguem do piolhinho-serrano (Phyllomyias griseocapilla).
Nos últimos dias, o inambuguaçu (Crypturellus obsoletus) tem iniciado o seu canto as 6:20 h da madrugada. Isso é mais cedo que qualquer outra ave vespertina, inclusive o arapaçu-de-garganta-branca (Xiphocolaptes albicollis), que neste momento comece a cantar por volta das 6:40 h. De agosto a outubro o inambuguaçu será ouvido cantando em plena noite também. As únicas vozes de aves realmente noturnas escutados aqui em casa neste momento são as do bacurau (Nyctidromus albicollis) e as chamadas (nunca o canto) do murucututu-de-barriga-amarela (Pulsatrix koeniswaldiana).
Em 5 de julho fiz uma longa caminhada noturna pela PR-405, pois a noite estava magnificamente iluminada pela lua cheia. Às 22:00 h, na pastagem à altura do km 1,5, escutei um indivíduo da narceja (Gallinago paraguaiae) em pleno voo.
Atualmente aparecem poucas borboletas aqui em casa, mas nas cidades de Antonina e Morretes a situação está um pouco melhor. Em Antonina até tive uma surpresa: em 9 de julho encontrei como vítima de tráfego uma fêmea de Catonephele numilia penthia. Os meus poucos registros desta espécie (quatro no total) são todos do período de maio a julho.
Alguns acontecimentos locais típicos do início do inverno são listados na Tabela 2.

Tabela 2. Datas de alguns eventos naturais marcantes do início do inverno no litoral norte do Paraná e referentes a espécies localmente comuns; período 2003-2012.
Evento
Espécie

Data
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
média 2003-2012
Plantas (refere-se a indivíduos específicos no morro da minha casa):
Abertura das primeiras flores
embiruçu (Pseudobombax grandiflorum)
início de julho
jun 20
jun 21
jun 17
jun 18
jun 26
jun 10
jun 28
jul 4
(ainda não)
jun 22
mulungu (Erythrina speciosa)
...
jun “fim”
jun 21
jun 28
jun 29
jun 15
jun 10
jun 28
jul 5
jun 8
jun 21
guassatunga (Casearia sylvestris)
...
...
...
ago ±15
jun 6
...
set 20
set 11
ago 13
jul 4
ago6
Aves:
Primeiro canto da nova estação reprodutiva
jaó-do-sul (Crypturellus noctivagus)
mai 19
jun 6
jul 18
jun 19
jun 29
mai 22
jun 30
mai
24
mai 11
jul 4
jun 10
araponga (Procnias nudicollis) (1)
jul 24
jul 13
jul 3
jul 5
jun 14
jun 28
abr 4
jul 7
jul 1
jul 8
jul 2
trinca-ferro-verdadeiro (Saltator similis) (2)
jul 25
jul 20
jun 29
jul 3
jul 17
jul 10 
...
jul 29
jul 26
jul 5
jul 15
(1) No litoral norte, a araponga (Procnias nudicollis) encerra o seu período de canto em fevereiro.
(2) No litoral norte, o trinca-ferro-verdadeiro (Saltator similis) encerra o seu período de canto em abril, excepcionalmente o período se prolongando até 1 de maio (2009).
O forte e delicioso aroma de mel, que trai a florada da guassatunga, atualmente pode ser apreciado em vários pontos, por exemplo, em km 9,7 da PR-405. Este ano está muito atrasada a florada do exemplar de embiruçu na base do morro onde ela reside (ver Tabela 2).
Até o fim de agosto esperamos ouvir aqui os primeiros cantos de, respectivamente, macuco (Tinamus solitarius), tropeiro-da-serra (Lipaugus lanioides), sabiá-coleira (T. albicollis), sabiá-laranjeira (T. rufiventris), sabiá-laranjeira, sabiá-una (T. flavipes) e saci (Tapera naevia). Com isso lanço um desafio às pessoas que residem no litoral: quem será que vai escutar cada uma dessas espécies primeiro? Quando o fizerem, por favor, repassem-me seus registros, para que eu os possa divulgar numa próxima carta.
Um fenômeno interessante, não restrito a atual estação, mas, que nunca relatei antes é o voo crepuscular dos irerês (Dendrocygna viduata) para o local do pouso noturno. Um grupo desta espécie sobrevoa a minha casa no início da noite, sempre em direção nordeste. Tenho registrado isso desde 2007 e só acontece no período de início de abril ao início de setembro. Atravessam sempre na mesma situação de luminosidade: num crepúsculo nublado passam alguns minutos mais cedo do que num crepúsculo de céu limpo, como se pode ver na Tabela 3.
Quando os irerês atravessam os céus sobre a minha casa, já está praticamente escuro, com os morcegos insetívoros voando. Os identifico pelo sua vocalização, pois não são vistos, a não ser quando por acaso estou fora da casa e o bando se destaca contra uma parte do céu menos escuro. Esta situação, bem rara, aconteceu em 26 de junho último, quando consegui fazer uma contagem aproximada: o bando, que voava em formação V, continha cerca de 50 indivíduos. Não tive tempo para uma contagem exata, pois passam em altíssima velocidade.
Muitas vezes o bando atravessa a minha casa dividida em dois grupos, o segundo passando alguns minutos depois do primeiro. Imagino que estes irerês são os mesmos indivíduos que durante o dia permanecem no arrozal da região de Rio Pequeno. Não sei onde pernoitam, mas sem dúvida é um local que consideram seguro.

Tabela 3. Horário do bando de irerês (Dendrocygna viduata) sobrevoar a minha casa em direção ao local de pouso noturno; exemplos do início do inverno de 2012.
Data
6 de julho
7 de julho
10 de julho
13 de julho
Tempo
céu nublado, sem chuva
céu nublado, com chuva
céu totalmente sem nuvens
céu totalmente sem nuvens
Primeiro grupo
18:06 h
17:58 h
6:10 h
6:12 h
Segundo grupo
18:08 h
18:00 h
-
6:17 h



O comportamento do irerê descrito acimo é comparável a aquele da garça-vaqueira (Bubulcus ibis), que também sobrevoa a região no fim da tarde em formação V quando se dirige ao pouso noturno comunitário. Mas existem as seguintes diferenças: (i) as garças-vaqueiras se espalham pela área durante o dia e somente se reúnem no fim da tarde para o voo gregário, enquanto os irerês permanecem juntos durante o dia todo; (ii) o voo das garças-vaqueiras para o  pouso noturno ocorre um pouco mais cedo do que o voo do irerê; e (iii) as garças-vaqueiras voam em silêncio total, enquanto os irerês sobrevoam as casas e a floresta assoviando para todo mundo numa alegria contagiante.

(a) Seria bom que engenheiros florestais experientes fizessem uma avaliação independente da idade e sugiro que façam isso sem demora, pois não ficaria surpreso vendo o toco sendo removido nos próximos dias, para facilitar o uso do terreno.
(b) Eu também não me considero ambientalista; sou um pesquisador da natureza que quer viver em paz e mostrar, pelo exemplo, como viver em harmonia com a natureza. Ser ambientalista engajado não combina com uma vida tranquila e pacífica. Mas não acredito que só um ambientalista tenha de se preocupar com o destino das árvores urbanas centenárias. Parece-me uma necessidade ética de relação com os elementos naturais com os quais convivemos.
(c) Em 11 de maio ultimo visitei a referida SMMA e comuniquei aos funcionários presentes que, por conta própria, estava fazendo um levantamento das árvores idosas da cidade. Pedi a sua colaboração e mencionei que pretendia propor uma lista de exemplares a serem declaradas imunes de corte.
(d) Tratou-se de uma espécie de Akodon, possivelmente A. montensis considerando a cauda relativamente curta. As medidas foram as seguintes: comprimento total 130 mm, da cauda 62 mm, da pata posterior com unha 22 mm, da unha 2 mm e da orelha interna 13 mm. O dorso era marrom-acinzentada e o ventre esbranquiçado.

(André de Meijer, 15 de julho de 2012)

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