Justiça determina retirada de beagles
usados como cobaia na UEM
Depois da proibição de uso de animais em
experimentos no Biotério Central da UEM, animais são liberados para adoção
26/07/2012 | 18:49
| TATIANE SALVATICO
Uma decisão judicial da 5ª Vara Cível de Maringá determinou na tarde desta quinta-feira (26) a retirada dos seis cães da raça beagle que permaneciam há pelo menos cinco anos no Biotério Central daUniversidade Estadual de Maringá (UEM) para experimentos do curso de Odontologia da Instituição. A informação foi confirmada pela presidente da Associação Anjos Animais, Eloisa Murta, que foi autorizada pela liminar concedida pelo juiz Fábio Bergamin Capela a retirar os cães do local.
Eloisa explica que nos
próximos dias médicos veterinários irão avaliar o estado de saúde dos
cachorros. “Aparentemente eles estão bem, estão correndo em volta de mim.” A
presidente da Associação afirma que os seis beagles deverão ser colocados para
adoção.
A reportagem tentou
contato com a Assessoria de Imprensa da UEM, mas
até as 18h30 de quinta-feira (26) não obteve retorno. Mais informações sobre adoção dos cachorros:
www.anjosdosanimais.org.br ou pelo telefone (44) 9114 9990
Relembre
o caso
No início deste ano,
o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) manteve a
liminar que proibia a UEM de utilizar
cães da raça beagle para experimentos. O processo foi julgado pela
desembargadora Maria Aparecida Blanco de Lima e
publicado no dia 9 de janeiro no Diário Oficial do TJ-PR.
A liminar foi concedida em outubro de 2011 depois que o caso chegou até a
Promotoria de Justiça de Proteção ao Meio Ambiente por meio de um
abaixo-assinado com cerca de 6 mil assinaturas.
Segundo a ação, que foi
apresentada pelo promotor José Lafaieti Barbosa Tourinho,
cães da raça beagle eram mantidos em condições precárias de higiene no Biotério Central da UEM e utilizados em
experimentos odontológicos dolorosos, sem anestesia adequada. Um laudo do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-PR) também
confirmou as irregularidades. O MP acusa que os cães são sacrificados com
overdose de anestésico e as carcaças são incineradas.
A UEM recorreu da decisão e ainda pediu o sigilo do
processo para preservar as pesquisas, o que não foi aceito pelo TJ-PR. “A instituição não vem promovendo o tratamento
especial e necessário aos animais utilizados em pesquisas cientificas” disse a
desembargadora Maria Aparecida Blanco de Lima, no
processo.
Outras liminar concedida
pelo juiz Siladelfo Rodrigues da Silva,
da 5ª Vara Cível de Maringá, proíbe o departamento
de Odontologia da Universidade Estadual de
Maringá (UEM) de utilizar cães da raça beagle para
experimentos. A liminar foi concedida em outubro de 2011.
A decisão determinava
que os cães que estavam no Biotério Central da UEM permanecessem sob a tutela
da instituição, até que a defesa fosse apresentada e, então, o próprio juiz
determinasse ou não pela remoção animais.
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