sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Paraná na rota dos lobos-marinhos


Rodrigo Filipak Torres/Divulgação / Arctocephalus tropicalis (macho), o lobo marinho, chegou na praia Brava, em Matinhos, nesta terça-feira (7) pela manhã e foi embora no começo da noiteArctocephalus tropicalis (macho), o lobo marinho, chegou na praia Brava, em Matinhos, nesta terça-feira (7) pela manhã e foi embora no começo da noite
MATINHOS

Lobos-marinhos escolhem litoral do Paraná para descansar

Comportamento dos bichos é normal nessa época do ano, quando deixam as águas mais geladas do extremo sul à procura de temperaturas mais amenas


08/08/2012 | 09:15 | ANTONIO SENKOVSKI

Lobos-marinhos que escolhem o litoral paranaense para descansar têm chamado a atenção dos habitantes e turistas no litoral do Paraná. Nos últimos dez dias, a visita de quatro animais do tipo foi registrada nas praias do Estado, sendo a última aparição registrada nesta terça-feira (7), emMatinhos. Nessa época do ano, o mamífero procura águas mais quentes do que as encontradas mais ao sul do oceano (Uruguai Argentina), de onde eles são naturais. As paradas como as ocorridas em nosso litoral representam um momento de descanso para os animais.
“Isso é uma característica natural dessas espécies, que se reúnem em colônias mais ao sul, no Uruguai e na Argentina, mas aparecem aqui, assim como os pinguins. Há anos que esse comportamento é mais comum e vários fatores podem influenciar nisso, como clima e mudanças de correntes marítimas”, cita o analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Luiz Francisco Saraco.
A estadia dos lobos marinhos por aqui, no entanto, é vista por muitas pessoas, que estão nas praias e não sabem como agir, como uma atração turística. Por isso, a equipe de especialistas e estudantes do ICMbio e do Centro de Estudos do Mar (CEM-UFPR) fazem um mutirão para cuidar dos bichos. Quando um novo animal aparece, eles tratam de isolar a área e acompanhar o estado do espécime.
Em condições normais, eles não costumam permanecer no local de descanso por mais de um dia. Mas, segundo Saraco, há exceções. “Um (lobo-marinho) que esteve aqui no fim de semana ficou quatro dias porque estava muito debilitado. Uma veterinária aplicou soro e vitaminas nele, e depois o bicho foi embora por conta própria.”
Dicas aos curiosos
O especialista do ICMbio garante que, ao ver um bicho desses, o melhor, tanto para o animal quanto para as pessoas, é permanecer longe. Os seres humanos podem passar doenças ao lobo-marinho, e o animal pode ter um comportamento imprevisível, até mesmo agressivo. Além disso, o motivo da estadia rápida da espécie é o descanso, o que torna-se difícil quando há pessoas por perto

.Fonte: www.gazetadopovo.com.br

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