quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Proteção dos animais entra no debate eleitoral


REUTERS/Nacho Doce
REUTERS/Nacho Doce  / Em São Paulo, hospital veterinário Anclivepa, financiado pelo governo municipal, oferecendo serviços gratuitos de saúde para os animais de estimação dos moradores de baixa rendaEm São Paulo, hospital veterinário Anclivepa, financiado pelo governo municipal, oferecendo serviços gratuitos de saúde para os animais de estimação dos moradores de baixa renda
CURITIBA

Proteção dos animais entra no debate eleitoral

Especialistas e entidades do setor cobram investimentos no atendimento veterinário e no controle populacional
29/08/2012 | 00:24 | FERNANDA LEITÓLES, ISADORA CAMARGO, MARIANA SCOZ, KATNA BARAN E ANDERSON GONÇALVES

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Um dos temas que entrou para o debate em Curitiba na eleição deste ano é a proteção dos animais. Cuidado com os bichos que vivem nas ruas, atendimento de emergência e controle populacional estão entre as questões discutidas.
Para especialistas e entidades de defesa dos animais, as famílias que não têm condições para pagar pelo tratamento de seus bichos devem ter acesso ao serviço gratuitamente. A solução mais viável é a terceirização do atendimento, diz Alexander Biondo, professor do Departamento de Medicina Veterinária da UFPR.
Para ele, a prefeitura deve fazer convênios com as universidades e utilizar estrutura e mão de obra dos hospitais veterinários da UFPR, da PUCPR, da Universidade Tuiuti e da Faculdade Evangélica. “Não adianta construir um novo hospital e não ter especialistas. Temos de aproveitar a estrutura que já existe”, afirma Biondo. Esses locais também poderiam ser acionados em casos de atropelamentos e outras emergências.
Outro problema é o aumento do número de animais nas ruas. Castração em massa dos bichos e campanhas para que as pessoas não abandonem seus animais são essenciais, segundo a presidente da Sociedade Protetora dos Animais, Soraya Simon. “Temos que discutir e adotar programas permanentes de incentivo da posse responsável e da adoção de animais”, diz ela.
O próximo administrador de Curitiba também precisará melhorar a estrutura para fiscalizar casos de maus-tratos. “Precisamos de mais servidores da prefeitura para ir até o local do crime ambiental e estrutura para atender o animal – que muitas vezes está machucado –, além de abrigá-lo”, argumenta Soraya. “As entidades protetoras assumem a responsabilidade de abrigar e tratar desses bichos, mas muitas delas já funcionam acima da capacidade e quase sem condições”, completa Biondo.
De acordo com os dois entrevistados, também será preciso ampliar os recursos destinados à proteção animal para que as propostas sejam implantadas.

Propostas
Saiba o que os principais candidatos prometem em relação à proteção animal:
» Criar instância própria para tratar dessa área, com orçamento definido, além do Fundo de Defesa e Proteção Animal.
» Fiscalizar o cumprimento das leis de proteção dos animais, com atuação educativa, preventiva e punitiva.
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» Criar o Centro de Atendimento de Animais em Risco para abrigar os bichos que estão em situação de abandono.
» Ampliar a capacitação de professores municipais sobre guarda responsável.
» Garantir a microchipagem gratuita de animais.
» Intensificar a fiscalização sobre maus-tratos e manter parcerias com ONGs e universidades para orientar a população.
» Implantar um programa gratuito de esterilização de cães e gatos para famílias de baixa renda.
» Apresentar projeto de lei para proibir a utilização de animais em teste de produtos cosméticos na cidade.
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» Tratar do contingente de animais abandonados como forma de garantir "boa saúde pública da população".
» Instalar um pronto-socorro animal no Passeio Público.
» Estabelecer convênios com entidades protetoras e de adoção de animais.
» Prestar assessoria veterinária a pessoas que trabalham com animais, como trabalhadores da reciclagem.
» Manter a proibição do uso de animais em circos.
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» Criar um pronto-socorro para o atendimento dos animais.
» Criar um programa de castração de animais.
» Dialogar com as instituições que fazem o trabalho de cuidado dos animais abandonados e dar assistência a elas, mediante parcerias.
» Instalar um crematório para bichos mortos.
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» Criar de conselhos de proteção animal.
» Ampliar a estrutura do Controle de Zoonoses.
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» Firmar convênios com ONGs para possibilitar a proteção animal.
» Enviar à Câmara um projeto de lei para exigir que os proprietários coloquem chips nos animais, criando subsídios para famílias de baixa renda.
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» Criar programas educativos para a posse responsável e adoção de animais abandonados.
» Ampliar a castração de animas de rua.
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» Reestruturar o Centro de Controle de Zoonoses.
» Controlar a população animal.
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Fonte: www.gazetadopovo.com.br

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