Consta noticiado pela
imprensa (Folha de São Paulo, Caderno Mercado, página B 8, de 28 de agosto de
2012) , notícia alarmante de que pintinhos criados por granjas ou avicultores
estariam sendo mortos ou em vias de o serem, por falta de alimento. Alerta-se
inclusive que “A sociedade protetora dos
animais teria de, inclusive, entrar nisso. Isso é tortura.”, declaração do
agricultor Valdemiro Kreusch, da Cooperativa COPASOL, sediada em Curitiba.
A notícia:
Sem alimento, granjas matam pintinhos
DE CURITIBA
Os
frangos criados pelo avicultor Floriano Milka, que tem granja em Mandirituba
(região metropolitana de Curitiba), com 22 dias, já deveriam estar pesando 900 gramas , mas estão
com 550.
Franzinos,
os animais estão sem ração suficiente desde que o frigorífico Diplomata, para o
qual Milka vendia sua produção e que fornecia alimento para os frangos, fechou
as portas, em julho.
A
empresa, que entrou em processo de recuperação judicial na semana passada,
informou que o alto custo de insumos a obrigou a fechar a filial de Mandirituba
e, em seguida, pedir recuperação.
A
Diplomata é só uma das várias empresas de médio e pequeno porte que têm
sucumbido à crise do setor. Em Santa Catarina , duas granjas chegaram a matar
pintinhos no mês passado porque não teriam ração (nem dinheiro) para
alimentá-los.
"Existem
pintos morrendo por falta de ração. A sociedade protetora dos animais teria de
entrar nisso. Isso é tortura", afirma o agricultor Valdemiro Kreusch, da
cooperativa Copasol, sediada em Curitiba.
Sem
receber ou quase sem lucro, produtores têm abandonado o setor, especialmente
aqueles cuja produção era vendida para empresas em má situação financeira.
Mesmo os
integrados a gigantes como BRF e Marfrig estão sofrendo. "Só está sobrando
migalha. São quatro ou cinco centavos por cabeça", diz o avicultor
Amarildo Brustolim, de Dois Vizinhos (PR), onde a BRF tem fábrica.
TEOR DO OFÍCIO NO. 30/2012 encaminhado ao CAOP - Meio Ambiente - Curitiba - PR
Consta noticiado pela imprensa (Folha de São Paulo, Caderno Mercado, página B 8, de 28 de agosto de 2012) , notícia alarmante de que pintinhos criados por granjas ou avicultores estariam sendo mortos ou em vias de o serem, por falta de alimento. Alerta-se inclusive que “A sociedade protetora dos animais teria de, inclusive, entrar nisso. Isso é tortura.”, declaração do agricultor Valdemiro Kreusch, da Cooperativa COPASOL, sediada em Curitiba.
Diante de tal notícia, cabe ao
Movimento SOSBICHO de Proteção Animal solicitar a esta Promotoria a
investigação sobre tal fato trazido pela imprensa, na busca de providência para
a defesa contra o maltrato aos animais envolvidos, que prenunciam flagrante
atentado à Lei dos Crimes Ambientais – art. 32 da Lei 9.605/1998 e ao artigo
225 da Constituição Federal.
As aves objeto desta solicitação,
embora estejam sendo criadas para a alimentação humana e que venham a ser
fatalmente mortas, devem, durante o período em que se mantêm vivas, estar
acolhidas e garantidas por regras de bem-estar animal, tal seja, devem receber
o tratamento mínimo para o atendimento de suas necessidades, dentre elas o
direito ao recebimento de água, alimento condizente à sua espécie, idade e
necessidade nutricional.
Sendo o que se apresenta no momento,
aguarda providências urgentes, visto que a vulnerabilidade dos referidos
animais assim o exige, bem assim, a busca dos responsáveis pela possível
infringência a dispositivos legais.
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