segunda-feira, 4 de março de 2013

Boneca, uma estória de amor de Chico Xavier

Chico Xavier tinha uma cachorra de nome Boneca, que sempre es perava por ele, fazendo 

grande festa ao avistá-lo.

Pulava em seu colo, lambia-lhe o rosto como se o beijasse.

O Chico então dizia: – Ah Boneca, estou com muitas pulgas!

Imediatamente ela começava a coçar o peito dele com o focinho.


Boneca morreu velha e doente. Chico sentiu muito a sua partida. Envolveu-a no mais belo 


xale que ganhara e enterrou-a no fundo do quintal, não sem antes derramar muitas lágrimas.

Um casal de amigos, que a tudo assistiu, na primeira visita de Chico a São Paulo, ofertou-lhe


 uma cachorrinha idêntica à sua saudosa Boneca.

A filhotinha, muito nova ainda, estava envolta num cobertor e os presentes a pegavam no 


colo, sem contudo desalinhá-la de sua manta.

A cachorrinha recebia afagos de cada um. A conversa corria quando Chico entrou na sala e 


alguém colocou em seus braços a pequena cachorra.



Ela, sentindo-se no colo de Chico, começou a se agitar e a lambê-lo.


- Ah Boneca, estou cheio de pulgas! disse Chico.


A filhotinha começou então a caçar-lhe as pulgas e parte dos presentes, que conheceram a


 Boneca, exclamaram: “Chico, a Boneca está aqui, é a Boneca, Chico!”

Emocionados perguntamos como isso poderia acontecer. O Chico respondeu:


- Quando nós amamos o nosso animal e dedicamos a ele sentimentos sinceros, ao partir, os


 espíritos amigos o trazem de volta para que não sintamos sua falta.

É, Boneca está aqui, sim e ela está ensinando a esta filhota os hábitos que me eram 


agradáveis.

Nós seres humanos, estamos na natureza para auxiliar o progresso dos animais, na mesma


 proporção que os anjos estão para nos auxiliar. Por isso, quem maltrata um animal é

 alguém que ainda não aprendeu a amar.


Adelino da Silveira

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